quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Durante esta caminhada que se desenrolará até Março muitos são os que já colaboraram e os que irão colaborar para que este projecto seja um sucesso.

Embora no dia da abertura tenhamos agradecido pessoalmente a todos os que contribuíram para que este dia se realizasse, gostaríamos também de deixar aqui no blog um pequeno reconhecimento. Queríamos agradecer às gráficas A.M.S e Prova de Cor, à florista Talha Florida do Pego, às padarias Pereira, Tigeladas do Sr. Avelino e 2000, à pastelaria Guloseima, aos restaurantes Quinta do Lago, Cristina, Cascata, Delícias da Deolinda e S. Lourenço e à Câmara Municipal todo o apoio que nos foi dado.

Gostaríamos também de agradecer à Santa Casa da Misericórdia que muito amavelmente nos cedeu o espaço para que se possam realizar ao longo destes meses as reuniões com os capitães das equipas.

Contamos com a ajuda de todos para que esta caminhada cumpra a sua missão e os seus objectivos. Todos somos necessários e todos podemos ajudar. Falar da importância da prevenção e conseguir angariar fundos para que a Liga possa continuar com o seu trabalho de investigação e apoio ao doente e suas famílias está ao alcance de cada um. Porque sozinhos fazemos pouco mas unidos podemos fazer mais e melhor.

2 comentários:

  1. Se formos muitos, faremos ainda melhor!!
    Toca a divulgar ainda mais e ABRANTES triunfará!!
    Isabel Simão

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  2. Queridos Amigos Caminhantes Pela Vida em Abrantes .
    Tenho acompanhado o vosso percurso com muito interesse e...ternura .É com muita alegria que vejo que o Um Dia Pela Vida é uma realidade nacional. Depois do lançamento do vosso projecto já tiveram lugar os lançamentos na Maia , em Portalegre e em Viana do Castelo.
    Juntando os nossos esforços vamos mudar o nosso país . Comunidades por onde o Um Dia Pela Vida tenha passado nunca mais volta a ser a mesma . Mudemos as nossas mentalidades , mudemos as mentalidades dos que nos rodeiam , demos sentido ao testemunho de esperança dos que já partiram.
    Não se esqueçam que 70% das mortes por cancro SÃO EVITÁVEIS .
    Com Abrantes vencerá todo o Portugal.
    Os nossos amigos da Maia estão a dar os primeiros passos.
    Vamos dar-lhes o nosso apoio?
    Visitem o seu blog .
    Aqui vai :
    http://umdiapelavidamaia.blogspot.com/2010/01/primeira-reuniao-de-capitaes.html#comment-form

    Um beijo amigo
    Cristina G. Ferreira

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Testemunhos

Depois da partida da minha irmã desta vida terrena, a minha mãe (vice-capitã de uma das nossas equipas, e, sendo católica), procurou o consolo possível em vários testemunhos que lhe foram dados. Pediu-me que se publicasse este, pois encontrou nele uma enorme força!!!
Obrigado à Aida Maria Líbano Monteiro por ter tido a coragem de escrever, partilhando assim a sua vivência de sofrimento, sem saber que com isso, ajudaria tantos outros e de diferentes formas, a viver o seu!!!
Obrigado Mãe por também de uma maneira tão bonita, partilhar o que lhe foi dado.

Maria Isabel Simão (Bé)


“Sempre pensei o ser humano como um ser maravilhoso, cheio de dignidade própria, fruto do Amor de Deus e do amor dos homens, com possibilidades de conhecer (abranger) a Verdade e o Bem e de os escolher como critérios de vida.
Percebi também muito cedo as limitações de vária ordem que esse ser comporta em si próprio. Não somos deuses. Somos homens.
Apesar da consciência dessas muitas limitações, dessa condição humana, continuei a achar que era óptimo ser Homem.
Tenho vindo a aprender, devagarinho, que o sentimento de não felicidade vem, numa grande percentagem, quando nos queremos pôr, e à nossa doença, num lugar que não nos compete: o primeiro, o alvo das atenções e dos carinhos, aquele a quem é devida obediência rápida e quase a antecipação dos desejos e interesses...
Claro que, pobres como somos, precisamos que nos tratem bem, com competência, com carinho, com respeito pela nossa dignidade.
Mas esta espécie de tirania de pensar só em nós, nos nossos sofrimentos, tira-nos a capacidade de amar, de nos relacionarmos com Deus, de nos relacionarmos com as pessoas com quem convivemos, que nos acompanham, de nos relacionarmos com a vida que milhões de pessoas vivem. Tira-nos ao fim e ao cabo a capacidade de nos interessarmos pela terra e pela vida que continua a ser construída. Fechamo-nos. Isolamo-nos.
Parece que deixamos de existir antes mesmo de sermos acolhidos nos braços do Pai.
Felicidade, realmente, não se constrói, não se vive quando nos colocamos no primeiro lugar, quando olhamos só para nós, quando nos isolamos.
Com frequência somos tentados a olhar só para as nossas limitações, para o que não podemos fazer, ou então a achar que, se ao menos estivéssemos nas condições de outros doentes, ainda faríamos isto ou aquilo.
A minha doença tem-me feito descobrir as muitas potencialidades escondidas que há em nós e às quais nunca anteriormente fazíamos apelo porque naturalmente não precisávamos delas.
A minha doença tem-me ajudado a perceber que essas potencialidades a que anteriormente não fazia apelo me dão a possibilidade de reforçar a minha actividade nalguns campos e mesmo de a iniciar em campos inteiramente novos.
Podia aqui referir, muito especialmente, algumas actividades de participação em projectos posteriormente realizados com a colaboração de outros sem quaisquer limitações de doença e que, parece-me poder dizê-lo, não teriam sido realizados se não fosse a minha situação de doente.
Sinto-me, de facto, chamada a servir, a sentir-me responsável, a pôr a minha pedra na construção, como todos os Homens.
Eu acredito que o Senhor não gosta de me ver sofrer.O Senhor não se deleita com o sofrimento dos seus filhos.O Senhor não passa ao largo.
Mais: o Senhor ama-me tal como eu sou e acompanha-me dia após dia. A toda a hora está atento aos meus queixumes e desabafos.
Eu acredito que o Senhor vive comigo as dificuldades reais e me ajuda a ultrapassá-las.
Acredito que o Senhor me vai desvendando aos poucos a linguagem de amor e não a linguagem de aguentar o sofrimento.
Sei que, nessa intimidade de amor com Deus, Lhe posso falar não já só de mim, mas também dos outros e do mundo que trago no coração.”

Escrito por:
Aida Maria Líbano Monteiro