domingo, 29 de novembro de 2009

29 de Novembro...
Este foi o dia do pontapé de saída de Um Dia Pela Vida, em Abrantes.
Trata-se de um projecto iniciado nos Estados Unidos com o nome Relay For Life (Estafeta Pela Vida) e importado para Portugal em 2004. O primeiro dia pela vida em Portugal aconteceu em Coruche.
Abrantes acolhe o 18º Dia Pela Vida...

O arranque encheu o Cine-Teatro de S. Pedro. A sessão de abertura contou com a presença de três médicos que falaram sobre cancro.
Num Domingo frio e chuvoso, os abrantinos disseram claramente que se querem associar a este projecto e marcaram presença.
O projecto vai decorrer até ao dia 20 de Março.

Até lá, pode vir ao blogue consultar todas as actividades das equipas que vão organizar os eventos "pela vida". É aqui que a Comissão Local vai comunicar todas as actividades a desenvolver em Abrantes.

Contamos consigo nesta luta de todos...

3 comentários:

  1. Queridos caminhantes pela vida de Abrantes :
    No Domingo estive convosco no cine-teatro e vim com a alma cheia !
    Posso dizer que já tive possibilidade de sentir a magia UDPV no ar .
    Serão 4 meses intensos , cheios de energia ,de generosidade, de imaginação e de muito muito trabalho .
    Vejo que já deitaram mãos à obra e os progressos já se vêem .
    No dia 20 de Março terão a grata sensação de que contribuiram para devolver sorrisos a muitos rostos que há muito não sorriam , de que terão contribuido para encurtar o caminho que nos separa da cura e de que terão lutado para vencer este terrível flagelo.
    Um abraço amigo
    Cristina Gonçalves Ferreira

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  2. Olá Abrantes
    Desejo um feliz 2010.
    Pelo que vi no dia do lançamento o sucesso de UDPV Abrantes está garantido.
    Vou estar MUITO atenta ao blog e quem sabe se um dia Benavente não estará presente numa das vossas iniciativas?
    O meu 20 de Março já está reservado para Abrantes e acreditem que não vou sózinha, há muitos benaventenses que também querem ir.
    Este bichinho fica e deixa cá uma saudade... Dei tudo de mim para fazer do mundo um lugar melhor para viver.Se todos dermos um bocadinho, todos ficamos com a sensação de dever cumprido , o que é tão bom....
    E já sabem podem contar com a equipa "Benavente pela Vida", já começámos a trabalhar na passadeira !!!!
    Muitos muitos beijos
    Paula Tomé

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  3. Olá a todos
    É uma honra para mim estar neste projecto da LPCC.A Equipa que integro vai juntar-se a outras e a avaliar pelos eventos já programados, vamos contribuir para a sensibilização junto da população; prometemos que após 20 de Março Constância não será igual; estará mais "rica".

    Um bem haja a todos
    Margarida Veríssimo

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Testemunhos

Depois da partida da minha irmã desta vida terrena, a minha mãe (vice-capitã de uma das nossas equipas, e, sendo católica), procurou o consolo possível em vários testemunhos que lhe foram dados. Pediu-me que se publicasse este, pois encontrou nele uma enorme força!!!
Obrigado à Aida Maria Líbano Monteiro por ter tido a coragem de escrever, partilhando assim a sua vivência de sofrimento, sem saber que com isso, ajudaria tantos outros e de diferentes formas, a viver o seu!!!
Obrigado Mãe por também de uma maneira tão bonita, partilhar o que lhe foi dado.

Maria Isabel Simão (Bé)


“Sempre pensei o ser humano como um ser maravilhoso, cheio de dignidade própria, fruto do Amor de Deus e do amor dos homens, com possibilidades de conhecer (abranger) a Verdade e o Bem e de os escolher como critérios de vida.
Percebi também muito cedo as limitações de vária ordem que esse ser comporta em si próprio. Não somos deuses. Somos homens.
Apesar da consciência dessas muitas limitações, dessa condição humana, continuei a achar que era óptimo ser Homem.
Tenho vindo a aprender, devagarinho, que o sentimento de não felicidade vem, numa grande percentagem, quando nos queremos pôr, e à nossa doença, num lugar que não nos compete: o primeiro, o alvo das atenções e dos carinhos, aquele a quem é devida obediência rápida e quase a antecipação dos desejos e interesses...
Claro que, pobres como somos, precisamos que nos tratem bem, com competência, com carinho, com respeito pela nossa dignidade.
Mas esta espécie de tirania de pensar só em nós, nos nossos sofrimentos, tira-nos a capacidade de amar, de nos relacionarmos com Deus, de nos relacionarmos com as pessoas com quem convivemos, que nos acompanham, de nos relacionarmos com a vida que milhões de pessoas vivem. Tira-nos ao fim e ao cabo a capacidade de nos interessarmos pela terra e pela vida que continua a ser construída. Fechamo-nos. Isolamo-nos.
Parece que deixamos de existir antes mesmo de sermos acolhidos nos braços do Pai.
Felicidade, realmente, não se constrói, não se vive quando nos colocamos no primeiro lugar, quando olhamos só para nós, quando nos isolamos.
Com frequência somos tentados a olhar só para as nossas limitações, para o que não podemos fazer, ou então a achar que, se ao menos estivéssemos nas condições de outros doentes, ainda faríamos isto ou aquilo.
A minha doença tem-me feito descobrir as muitas potencialidades escondidas que há em nós e às quais nunca anteriormente fazíamos apelo porque naturalmente não precisávamos delas.
A minha doença tem-me ajudado a perceber que essas potencialidades a que anteriormente não fazia apelo me dão a possibilidade de reforçar a minha actividade nalguns campos e mesmo de a iniciar em campos inteiramente novos.
Podia aqui referir, muito especialmente, algumas actividades de participação em projectos posteriormente realizados com a colaboração de outros sem quaisquer limitações de doença e que, parece-me poder dizê-lo, não teriam sido realizados se não fosse a minha situação de doente.
Sinto-me, de facto, chamada a servir, a sentir-me responsável, a pôr a minha pedra na construção, como todos os Homens.
Eu acredito que o Senhor não gosta de me ver sofrer.O Senhor não se deleita com o sofrimento dos seus filhos.O Senhor não passa ao largo.
Mais: o Senhor ama-me tal como eu sou e acompanha-me dia após dia. A toda a hora está atento aos meus queixumes e desabafos.
Eu acredito que o Senhor vive comigo as dificuldades reais e me ajuda a ultrapassá-las.
Acredito que o Senhor me vai desvendando aos poucos a linguagem de amor e não a linguagem de aguentar o sofrimento.
Sei que, nessa intimidade de amor com Deus, Lhe posso falar não já só de mim, mas também dos outros e do mundo que trago no coração.”

Escrito por:
Aida Maria Líbano Monteiro